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  • Gand Mansur

O poder do otimismo consciente

Atualizado: 11 de dez. de 2020


Será que é possível treinar nossa mente e chegar ao ponto de controlarmos o nível de otimismo que desejamos? Afinal, até que ponto vale mesmo a pena ter uma visão otimista?


Em outro artigo, denominado "A notável habilidade de inspirar pessoas", mencionei uma frase atribuída ao empresário Jorge Paulo Lemann que nos ajuda a iniciar a reflexão sobre as consequências do otimismo:


"Prefiro ser otimista. Não conheço muitos pessimistas bem sucedidos."

De fato, parece mais fácil ser bem sucedido quando se é otimista, pois há uma propensão maior a correr riscos quando se acredita que, no final, as coisas vão dar certo. Concorda? A outra questão é que não há possibilidade de empreender algo sem uma certa dose de risco. Já que empreender transforma vidas, eis outro fator que fala a favor dos mais otimistas e se encaixa com a frase do Lemann:

"Alguns empreendedores são tão otimistas que incorrem em erros grosseiros." - Gand Mansur

Logicamente, nem todos os otimistas são empreendedores. Na verdade alguns empreendedores são tão otimistas que incorrem em erros grosseiros por falta de análise e acabam tendo grandes prejuízos, muitas vezes recorrentes. Na outra ponta, sim, existem empreendedores que tendem para o pessimismo e que, mesmo assim, podem ter sucesso. Estes costumam ser mais ponderados, desconfiados e quase sempre lentos para decidir – e, por isso, podem perder boas oportunidades.


Afinal, o Lemann está certo ou não?


A frase do Lemann é somente uma simplificação que visa causar efeito. Em vez de me limitar a concordar ou discordar dela, que tal aprofundarmos mais essa conversa para que eu consiga explicar o que seria o otimismo consciente e quais os seus benefícios?


Segundo a PNL e a Neuro-semântica o pessimismo e o otimismo são categorizados como metaprogramas mentais. Mas o que é isso?


Entender é fácil! Vamos fazer uma comparação com a informática: podemos dizer que o Windows, o Word, o Android e o Instagram são programas (softwares), correto? Sim, eles são códigos programados! A diferença entre eles é que o Word depende do Windows para funcionar, assim como o Instagram só funciona dentro do Android ou do IOS da Apple. Neste exemplo, o Windows e o Android são metaprogramas, ou seja, eles estão acima de uma enormidade de outros programas.


Na mente humana os metaprogramas governam inúmeros processos decisórios sem que percebamos isso.


Todas as nossas crenças, significados e intenções sofrem algum tipo de influência dos nossos metaprogramas e até podem ser determinantes na "construção" de vários deles. Atualmente, há cerca de 62 metaprogramas catalogados e analisados.


Através do desenvolvimento da Neuro-semântica – que é uma tecnologia que se propõe a compreender profundamente a mente humana – são criados exercícios mentais (ressignificações estruturais) que permitem uma reprogramação desses metaprogramas, fazendo com que as pessoas se libertem de padrões de pensamentos que as conduzem a decisões, muitas vezes, padronizadas nas diversas áreas das nossas vidas.

Agora que você já sabe o mínimo necessário para começar a entender os metaprogramas, posso afirmar que pessimismo e otimismo não passam de um metaprograma. Mas é possível que você já tenha se perguntado quais são os outros metaprogramas e como eles podem estar influenciando seus pensamentos e escolhas...


Visando ampliar sua compreensão e sem perder de vista que o objetivo deste artigo é ajuda-lo(a) a desenvolver um otimismo consciente, deixe-me dar mais dois exemplos básicos de metaprogramas: o referência interna e o referência externa.


As pessoas que operam mais através do referência interna tendem a ouvir sua voz interior e muitas vezes ignoram as opiniões de terceiros. Justamente o oposto acontece com aquelas que operam mais através do referência externa, que tendem a buscar incessantemente a aprovação de outros antes de tomarem uma decisão. Onde você se encaixa?


Ora, não é difícil concluir que esses metaprogramas produzem resultados completamente diferentes na vida pessoal e profissional. Seria fantástico se o dono da mente que opera pelo referência interna pudesse, de vez em quando, ouvir mais seus familiares, colegas ou sócios, beneficiando-se de posições perceptuais diferentes das suas. Por sua vez, o dono da mente que opera mais pelo referência externa será uma pessoa mais autoconfiante ou mais autêntica caso desenvolva a capacidade de arcar com as consequências das escolhas que reflitam sua personalidade.


Imagine o que acontece com quem opera mais intensamente através do otimismo ou do pessimismo.

Se existem consequências clássicas para esses dois metaprogramas citados, imagine o que acontece com quem opera mais intensamente através do otimismo ou do pessimismo.


Os metaprogramas são uma espécie de processador seletivo de informações que sempre distorce parcialmente a nossa noção da realidade e a transforma naquilo que nos programamos (inconscientemente) para vermos. Sendo assim, nenhum de nós vê a verdadeira realidade. Ninguém, exceto o Criador – para os que acreditam Nele – vê a real realidade.


Sucessivas experiências causadoras de frustrações podem treinar algumas mentes para o pessimismo. A fim de evitarem novas dores e desilusões que sejam fruto de uma expectativa não alcançada, elas preferem achar que vai dar errado antes mesmo de tentarem ou de passarem pela experiência, pois temem criar expectativas positivas e se frustrarem novamente. Esse exemplo configura uma distorção da realidade causada pelo pessimismo.


Já as pessoas que não personalizam na sua identidade as frustrações passadas tendem a serem mais ousadas e a sustentarem mais o otimismo como metaprograma habitual. Quando se veem diante de um desafio ou oportunidade, se lançam mais do que as pessimistas, pois sua percepção da realidade (e das possibilidades) é diferente. É aí que se encaixa aquela frase do Lemann: os otimistas têm mais chances de dar certo, pois se expõem mais ao risco e, de algum modo, insistem até fazer dar certo – afinal, são otimistas.


Contudo, entre o branco e o preto há vários tons de cinza e, assim também acontece com os metaprogramas, ninguém é 100% pessimista ou 100% otimista. Há uma oscilação que pode variar de acordo com o nível de conhecimento sobre determinado assunto ou com as pessoas envolvidas ou a época da vida etc.

Ter consciência de que você não é o seu metaprograma é o primeiro e importante passo para se permitir uma transição de lentes mentais.

Afinal, já que nenhum de nós enxerga a real realidade, é certo que habitualmente as pessoas mais bem sucedidas possuem modelos mentais mais "elásticos" – ou seja, conseguem transitar e oscilar por mais metaprogramas sem ficar presas aos extremos (preto ou branco) e, com isso, constroem uma percepção de mundo mais precisa e que normalmente conduz a uma vida mais próspera e também saudável.


Quanto você já perdeu por operar através de uma lente intensamente pessimista ou otimista? Se este for o seu caso, já está pronto para mudar ou prefere deixar como está por mais um tempo?


Em outro artigo, expliquei que o otimismo é uma das características de pessoas que possuem a notável habilidade de inspirar pessoas, citando que é improvável que um pessimista consiga influenciar positivamente outras pessoas, a começar por ele mesmo. Da mesma forma, é preciso dizer que a quantidade de erros básicos e de atitudes ingênuas as quais uma pessoa excessivamente otimista pode se submeter é enorme. Ou seja, nenhum extremo é bom.


Se treinar sua mente para explorar mais recursos desses dois metaprogramas for o seu objetivo, eu posso deixar aqui algumas dicas que podem ajudar a sua jornada mental rumo ao equilíbrio. Talvez você esteja se perguntando se isso funciona mesmo. Bem, posso afirmar que sim, pois passei anos ajustando meus próprios metaprogramas.


Entre 1998 e 2007, mergulhei na PNL - Programação Neuro-Linguística e decidi que deveria modificar alguns dos metaprogramas que me traziam mal-estar ou que faziam meu processo decisório ficar em espiral. Foi um período intelectualmente solitário, em que fiz e comprovei diversas mudanças em mim mesmo – porém não era comum falar-se em modificar os metaprogramas, acreditava-se que eles eram imutáveis e pronto.


Somente em 2008, quando comecei a estudar Neuro-semântica, foi que encontrei as teorias brilhantes do psicólogo Michael Hall, PHD em Terapia Cognitivo Comportamental, sobre as possibilidades de mudarmos nossas lentes através de uma mudança consciente dos nossos metaprogramas – algo que eu já fazia há anos. Desde então, continuo aprofundando meus estudos na neuro-semântica e, de lá para cá, já se foram oito seminários de nível internacional, onde conheci treinadores de 13 países. Atualmente, a Neuro-Semântica já alcançou mais de 60 países e aqui no Brasil eu sirvo a comunidade na função de vice-presidente da Sociedade Brasileira de Neuro-Semântica.


Como exercitar o otimismo através da ressignificação de experiências negativas

Se habitualmente você tende a ser pessimista e deseja ajustar este metaprograma para uma visão mais otimista e ousada, inicie examinando sua memória e procure identificar possíveis episódios nos quais você teve expectativas elevadas que foram frustradas. Essas experiências podem ter acontecido na sua infância, adolescência ou mesmo recentemente. Podem ser de cunho afetivo, de aprovação social ou profissional. Podem ter a ver com a saúde ou alguma perda financeira ou material.


Caso você identifique episódios com essas características, lembrar-se deles pode não ser uma experiência muito agradável. Por isso, diga para si mesmo que você não está vivendo essa situação novamente, mas sim apenas se lembrando porque está decidido a ressignificá-la.


Se notar a existência de alguma mágoa ou rancor, diga para si mesmo que você não pode mudar o que aconteceu (pois não pode mesmo!), mas pode transformar sua interpretação e que a única coisa realmente boa que pode fazer é deixar ir embora qualquer mágoa ou rancor que ainda exista, pois isso vai abrir espaço para novas possibilidades de ser mais feliz, mais leve e mais sorridente e saudável no tempo presente.


Se você identificou algum episódio em que suas expectativas foram frustradas, dê uma boa olhada na situação e se imagine vendo a si mesmo naquela época, como se você estivesse de fora da cena e pergunte-se o seguinte: este episódio pode estar influenciando negativamente e talvez inconscientemente a minha forma atual de tomar decisões?


Se a resposta for sim, então se faça as seguintes perguntas e perceba quais poderão encaixar melhor para você.

  1. Eu vou continuar permitindo que algo do meu passado influencie negativamente o meu presente e futuro?

  2. O fato de isso ter acontecido no passado significa que tem que acontecer de novo no presente ou no futuro?

  3. Além disso, significa que também acontecerá em outras áreas da minha vida?

  4. Eu me dou permissão para deixar essa experiência passada ir embora, aprender com ela e me beneficiar de algumas saudáveis doses de risco e ousadia no presente?

  5. Essa vivência me deixou mais experiente? O que eu posso ganhar se me der permissão para ser mais ousado? Quanta energia adicional eu terei se começar a imaginar que as coisas poderão dar certo?

  6. Tudo bem se as coisas derem errado novamente? Assim como outras milhões de pessoas que erram e tentam de novo sem se punirem mental ou emocionalmente, eu me dou permissão para correr riscos sem me punir ou me cobrar se as coisas não saírem como eu desejo?

  7. Se tudo o que foi feito pelo homem foi imaginado por alguém antes de ser produzido, então, eu me dou permissão para imaginar o meu novo futuro do jeito que eu sonho para então construí-lo?

  8. Sou capaz de entender que os erros e as respostas negativas são parte natural do processo da vida, que me trazem aprendizados e que, portanto, não são pessoais ou uma espécie de maldição da minha existência?

  9. Sou capaz de supor que as pessoas bem sucedidas que já alcançaram o que eu desejo alcançar receberam inúmeras respostas negativas e mesmo assim continuaram tentando, acreditando que iriam conseguir?

Caso você tenha identificado experiências negativas em sua jornada, ressignificá-las poderá ser extremamente libertador.

Por outro lado, se você não identificou nenhuma experiência negativa que pudesse estar bloqueando suas decisões e, ainda assim, gostaria de ser mais ousado e otimista, use a imaginação para pensar o que as pessoas mais bem sucedidas que você conhece em determinado assunto fariam se estivessem no seu lugar. Pode ser um irmão, um vizinho, um colega de trabalho. Uma pessoa que você conhece bem, que seja mais ousada e mais otimista do que você se considera. Se tiver liberdade com algumas delas, pode inclusive se aconselhar com aquelas que considere mais otimistas.



Pessoas excessivamente otimistas devem exercitar o pensamento resolutivo

Anteriormente, eu disse que os extremos (preto ou branco) não são boas opções quando o assunto são os metaprogramas. Mas por que os otimistas extremos não deveriam treinar o pessimismo e que negócio é esse de pensamento resolutivo?


Habitualmente o pessimismo gera um estado emocional ruim.

Digamos que o melhor exercício para as pessoas que são muito otimistas não é pensar que as coisas vão dar errado, como fazem os pessimistas – até por que, habitualmente, o pessimismo gera um estado emocional ruim e não queremos treinar isso, mas sim leva-lo(a) a pensar como as coisas poderiam dar errado e, principalmente, o que pode ser feito com antecedência para minimizar as chances da escolha não dar certo. Essa é uma parte essencial do pensamento resolutivo, ou seja, quando o sonho ou o desejo de conquistar estão presentes, devemos adicionar a estratégia de pensar nas possibilidades de a escolha dar errado antes de agirmos, fazendo isso sem emoção.


Pessoas muito otimistas, habitualmente ignoram diversas fases do processo decisório.

Resolutivo significa pensar de forma decisiva ou de forma definitiva. Ora, existem diversas fases do processo decisório que conduzem a algo decisivo ou definitivo.


O objetivo aqui é fazer com que as pessoas muito otimistas, que habitualmente ignoram diversas fases do processo decisório em busca de uma sensação física agradável associada à euforia de imaginar a conquista muito antes de tê-la – o que pode levar a um pensamento simplório de que tudo irá dar certo – parem, reflitam e examinem as principais possibilidades antes de “saltarem” para uma decisão emocional e muitas vezes ilusória.


Se você se considera muito otimista pergunte-se antes de qualquer decisão:

  1. O que eu não estou vendo que deveria estar vendo antes de decidir?

  2. De outras vezes em que decidi rapidamente, o que deu errado? O que me esqueci de observar?

  3. Se a outra parte estiver agindo de má fé, o que ela faria para tentar me enganar? O que preciso pesquisar ou investigar melhor?

  4. O que a pessoa mais "pé no chão" que eu conheço me diria sobre esse negócio ou relacionamento?

  5. Que garantias eu tenho de que as promessas feitas são reais?

  6. Convém pedir a ajuda de um advogado, engenheiro, médico, coach ou outro especialista da área?

  7. Eu tenho dinheiro suficiente para pagar este valor ou essas parcelas sem que nenhuma outra área da minha vida ou da minha família fique descoberta?

  8. Esse negócio é uma oportunidade única? Se for, por que ninguém comprou ou fez antes de mim? O que preciso pesquisar mais?

  9. O fato de ter um monte de gente comprando ou fazendo também significa que um monte de gente pode estar errada ou sendo enganada?


Observe que o pensamento extremamente otimista costuma estar associado a uma distorção cognitiva chamada de simplificação (ignora os detalhes) e a uma sensação de euforia e ansiedade. Portanto, combater os efeitos maléficos deste metaprograma em nível extremo envolve treinar a racionalização das decisões e adicionar tempo para que haja pesquisa e aprofundamento.


Dilatar seus metaprogramas “otimismo” e “pessimismo” envolve forçar sinapses em áreas do seu cérebro que habitualmente você não utiliza para fazer determinadas escolhas.

Uma das melhores maneiras de exercitar a sua mente é responder sincera e calmamente a perguntas que você habitualmente não se faria. Também faz diferença ter a humildade intelectual de perguntar a especialistas antes de decidir. Por fim, para que se consigam resultados duradouros, é necessário coragem para investigar suas memórias e identificar se há algum bloqueio emocional ou racional que já não faz mais sentido e precisa ser ressignificado. Dessa maneira será possível adotar uma forma de pensar mais equilibrada e madura, resultando em um tipo de otimismo consciente e seguro, que afasta a nuvem escura do pessimismo ou a montanha russa do otimismo extremo, pois tem por trás o embasamento do pensamento resolutivo.


Estamos chegando ao fim. Se chegou até aqui, acredito que esse longo artigo tenha feito algum sentido para você. Acredita que vai conseguir colocar algo em prática? Espero que sim e que tudo isso tenha contribuído com a sua evolução, fazendo com que você encontre mais flexibilidade na sua forma de escolher o que serve e o que não serve para as suas decisões.


Se desejar ir mais fundo no tema metaprogramas e conhecer as consequências deles no seu processo decisório em áreas críticas, saiba que este assunto é abordado nos seguintes treinamentos da Prosperar Brasil:

  1. Lidere em alto nível - líderes que pensam sobre seus pensamentos formam equipes muito comprometidas e competentes

  2. Aprenda + sobre gestão comercial - profissionais de vendas que identificam Metaprogramas convertem muito mais

  3. Encante seus clientes - identifique o perfil do cliente e proporcione um atendimento inesquecível

  4. Domine o fluxo de caixa da sua empresa - os metaprogramas influenciam muito as decisões financeiras

  5. Tenha um RH estratégico - sua forma de se relacionar com colegas e subordinados está relacionada aos seus metaprogramas

Me despeço por aqui! Caso tenha gostado do conteúdo, peço a gentileza de compartilhar nas suas redes sociais e me marcar: @gandmansur – ficarei honrado. :-)


Até breve,

Gand Mansur


Consultor e treinador com 13 mil horas de atendimentos em 11 estados

Fundador da Prosperar Brasil – Gestão de Resultados Empresariais

Vice-presidente da Sociedade Brasileira de Neuro-Semântica


Idealizador dos métodos:

5A Gestão por Resultados - mentoria online para empresários

ESCON - Escola de Consultores

PRODECON - Consultoria empresarial presencial e online


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